domingo, 12 de outubro de 2008

Os grandes da Premier League

Arsenal

Técnico:
Arséne Wenger
Capitão: Gallas
Craque: Fabregas
Revelação: Walcott
Promessas: Bendtner e Wilshere
Contratação da temporada: Nasri

Jovem, rápido e dinâmico. Assim posso definir o time de 3ª maior torcida da Inglaterra. Na minha opinião, tem o toque de bola mais envolvente do mundo. Os Gunners têm em Césc-Fabregas seu "centro gravitacional", como diria Milly Lacombe. Inteligente e objetivo, chegou no clube há um bom tempo - provando que a teoria de investir em jovens promessas e colocá-las aos poucos na equipe principal vem dando certo. Caso do atacante Theo Walcott, não mais promessa, mas realidade. Os rápidos laterais Eboué e Clichy compõem excelentes opções ofensivas, apóiam e também têm o vigor físico necessário para marcar. Adebayor é a referência no ataque. Isso sem contar o atacante de 16 anos Wilshere, que pinta como um futuro craque.

Porém, nem tudo são flores. Esta juventude e força técnica, embora interessantes a longo prazo, acabam tirando pontos importantes na disputa pelo título nacional. Nas últimas temporadas, ao perder a maioria dos confrontos para os outros grandes, a equipe provou que precisa de um amadurecimento.

Palpite: 4º na liga. Na Champions League? Bom, aí tudo pode acontecer.


Chelsea

Técnico: Luiz Felipe Scolari
Capitão: Terry
Craque: Lampard
Revelação: Obi-Mikel
Promessas: Di Santo e Fábio Paim
Contratação da temporada: Bosingwa


Assim como o primo londrino Arsenal, o Chelsea nunca venceu uma Champions League. Nesta temporada, Abramovich quis porque quis Felipão como comandante da estrada para Roma. Ótima escolha, diga-se de passagem. Além desta estrela no banco de reservas, o grande diferencial do Chelsea está na experiência e disciplina tática de seus jogadores.


A referência está no conjunto, seja no brilhantismo de Lampard (para mim, o melhor jogador do mundo atualmente), no comando de Terry ou nos gols decisivos de Drogba. Jogando com uma variação de 4-3-3/4-5-1, os Blues costumam sufocar seus adversários, principalmente em Stamford Bridge - onde a última derrota aconteceu há 2 anos para o campeão europeu Barcelona. Considero Terry, Carvalho, Bosingwa e Ashley Cole a melhor linha de 4 defensiva do mundo. E os números provam isto: nas 4 últimas temporadas o Chelsea teve a melhor defesa da Premier League. Na última, somando todas as competições, a equipe perdeu apenas 5 partidas.


Porém, nem tudo são flores. Uma característica (ou sina) da equipe é que, além de sempre fracassar em disputas de pênaltis, os principais jogadores sofrem e muito com lesões. Em 2007, Ballack ficou 8 meses fora. Cech fraturou o crânio e ficou 6 meses de molho. Terry parou por 4 meses. Nesta temporada, logo de início Essien rompeu os ligamentos e ficará 6 meses parado. Drogba também se machucou e deve ser desfalque por 2 meses. Mesmo caso do recém chegado Deco, no DM há 1 mês. Ah, Ricardo Carvalho também está machucado. Enfim, deu pra perceber, né? Anelka não substitui Drogba à altura. Se em janeiro não houver alguma contratação de peso para o ataque (Villa e Lavezzi estão na mira), vejo o Chelsea cada vez mais distante do título europeu.


Palpite: campeão inglês. Na Champions League? Bom, aí tudo pode acontecer.


*Curiosidade: até agora, todas as “estréias” do Chelsea tiveram o mesmo placar. Na estréia da pré-temporada, 4x0 contra o Ghuangzou Pharmaceutical. Estréia da Premier League, 4x0 contra o Portsmouth. Estréia da Champions League, 4x0 contra o Bordeaux. Estréia da Carling Cup, 4x0 de novo contra o Portsmouth.

*Outra curiosidade: o Chelsea passou parte da pré-temporada em Macau, mesmo lugar onde Barcelona e Manchester também passaram quando foram campeões da UCL.


Liverpool

Técnico: Rafa Benítez
Capitão e craque: Gerrard
Revelação: Lucas
Promessas: Babel e El Zhar
Contratação da temporada: Robbie Keane

Rei dos torneios mata-mata, o Liverpool está na seca de títulos nacionais há 18 anos. Esta temporada é a grande oportunidade de sair da fila. Trouxe o experiente Robbie Keane para formar dupla de ataque com o melhor atacante da Premier League: o matador Fernando Torres.


Dos 4 grandes, é a equipe com o futebol mais burocrático. No geral, pode-se dizer que o Liverpool vence tanto grandes como pequenas equipes por placares apertados. 1x0. 2x1. Mas vence. Abusa da ligação direta, feia de se ver mas eficiente: Reina ou alguém de trás sempre lança a bola na referência do ataque, tentando a segunda jogada. O detalhe é que esse “punt” não é um chutão despretensioso-se-pegar-pegou: a equipe toda sabe se orientar para o rumo da bola e posicionar-se adequadamente.


Mas o que torna o Liverpool especial é Gerrard. Cérebro da equipe, é um dos poucos jogadores no mundo que sabe tanto armar quando marcar. E quando digo “sabe”, na verdade quero dizer: “sabe muuuuito”. Rápido, incansável, líder e dono de um chute mortal. Injustiçadíssimo por não ter sido eleito melhor do mundo em 2005 – sim, mesmo ano em que Ronaldinho Gaúcho encantou o mundo com suas habilidades de foca.


Porém, nem tudo são flores. O mesmo jogo burocrático que garante 3 pontos na maioria dos jogos está colocando o longo trabalho de Rafa Benítez sob contestação. O Liverpool sofreu para garantir sua classificação à fase de grupos da Champions League, ao vencer o confronto contra o fraco time belga Standard de Liége com um gol de Kuyt na prorrogação. Contra adversários menores, em casa, o Liverpool anda sofrendo neste início de Premier League, como o empate contra o Stoke City por 0x0.


Palpite: vice inglês. Na Champions League? Bom, aí tudo pode acontecer.



Manchester United

Técnico: Alex Ferguson
Capitão: Ferdinand
Craque: Cristiano Ronaldo
Revelação: Carrick
Promessas: Rafael da Silva e Eagles
Contratação da temporada: Berbatov

Juntamente com o Chelsea forma a base do English Team. Atual bicampeão inglês e campeão europeu, tem um meio campo extremamente forte e experiente. Scholes é a referência na armação, Carrick vem provando seu valor a cada dia e Hargreaves é uma espécie de Ballack mais jovem (e mais vencedor, diga-se de passagem).


O diferencial está na velocidade do ataque, com Cristiano Ronaldo, Tevez e Rooney. O português, que será eleito melhor do mundo pela FIFA, assume finalmente a condição de estrela do time. Apesar da polêmica envolvendo uma possível transferência para Madrid e uma cirurgia que o tirou da pré-temporada, o artilheiro da última Premier League já está voando em campo. Aliado a este ataque ágil está a segunda contratação mais cara da temporada, o centro-avante búlgaro Berbatov, ex-Tottenham.


Porém, nem tudo são flores. O elenco do Manchester é o mais envelhecido dos 4 grandes. Chegou ao seu auge na última temporada, vencendo tudo. A “aura” do time não é mais a mesma. Embora também aposte em jovens promessas, como o lateral brasileiro Rafael da Silva e o contestado (ao menos por mim) Anderson, ainda falta muito para uma renovação estrutural – como a que o Arsenal monta. Vale lembrar também a maldição dos campeões europeus: nas últimas 4 temporadas, sempre o campeão foi eliminado nas oitavas de final da temporada seguinte: Porto, Liverpool, Barcelona e Milan. Fato nada animador para os Diabos Vermelhos.


Palpite: 3º na liga. Na Champions League? Bom, aí tudo pode acontecer.


Até a próxima, amigos boleiros!

3 comentários:

Luciano disse...

pq só tem curiosidades do Chelsea? seu tendencioso, anarquista sem vergonha! VC EH MULEKE! EH MULEKE!
(o post tá bom)

Douglas Funny disse...

hehehehheehehheheehe... sensacional queridos!!... esse blog promete uma goleada.

"Parece futebolista, pq vive descendo a lenha"

Vai pro favoritos agora... Gazeta Esportiva... nunca mais.

Douglas Funny disse...

ah... q bosta de blog!!...

o futebol acontecendo e aí?!