sexta-feira, 15 de maio de 2009

Mudança de Hábito - ...roNALdo

O vídeo a seguir é uma obra de arte e acho que não preciso falar mais nada.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Campeonato paulista: um título perigoso.

Por Gabriel Castro


Passado mais um campeonato paulista e suas devidas comemorações (essa última em especial poderia ser definida como COMEMORAÇÃO), surgem novamente grandes dúvidas a respeito do seu campeão.

Não vejo o Corinthians como um grande time, apesar da última consquista. Na verdade, o próprio campeonato mostra algo pertinente nos últimos anos: os elogios ao campeão não duram muito. Com exceção do São Paulo, os últimos campeões paulistas não tem chegado a lugar nenhum durante o resto da temporada.

Seria absurdo dizer que o campeão paulista é sempre um time ruim, mas, é muito coerente afirmar que sua conquista não significa muita coisa e o campeonato em si não anima tanto, pelo menos para os clubes considerados "grandes".

No ano passado o Palmeiras foi o vencedor e mais uma vez houve empolgação além da conta, nessa oportunidade mais por conta da imprensa. Apesar do time possuir boa qualidade técnica, acabou na promessa durante a temporada ao ser eliminado pelo Sport na Copa do Brasil e quase nem garantir uma vaga para a libertadores desse ano ao terminar na quarta colocação do Campeonato Brasileiro.

Nos Campeonatos Paulistas de 2006 e 2007, a "vítima" da vez foi o Santos. Apesar das duas conquistas do time praiano, ele acabou enterrado na areia. Em 2007, seu melhor ano, foi derrotado na libertadores pelo Grêmio e amargurou um vice no Brasileirão.

Pois bem, ficarei muito surpreso se o Corinthians conseguir algo de grande importância durante essa temporada. Creio que a equipe vai sofrer muito para garantir uma vaga na próxima libertadores, fato que já seria uma grande conquista.

Mas, de qualquer maneira, não quero tirar os méritos da conquista corinthiana. O time foi merecedor do caneco, pois não se ganha um jogo só em técnica ou tática. Os jogos mata-mata servem para provar isso, sendo a garra muita vezes a habilidade principal para vencer qualquer adversário. E não poderia deixar de apontar que o Corinthians teve uma "ajuda" fora da realidade nacional, algo realmente fenomenal. Porém, esse último fator dispensa comentários.


Apenas isso, o alerta está dado: muito cuidado!







Réplica. Por Marcelo Macedo

Não acho que seja motivo de 'alerta'.

E vou além discordando muito quando você diz que não vê o Corinthians como um grande time. Um grande time não garantiria uma classificação tão tranquila (não mais tranquila por puro relaxo) em um campeonato com times tão bem preparados como os que disputaram o Paulista desse ano e tampoco venceria os dois jogos contra o tri-campeão brasileiro reforçado.

E digo que não é motivo de alerta usando seus próprios argumentos:
o Santos foi vice-brasileiro em 2007. Acha pouco um vice-campeonato brasileiro? O mesmo vale para a colocação do Palmeiras no Brasileirão do ano passado, que ainda podia ir muito mais longe não fossem algumas cagadas do Luxa.

Vocês, são paulinos, estão muito mal acostumados. E não encarem isso como elogio. Uma hora ou outra, o São Paulo vai descer desse patamar de conquistas que se encontra no momento atual e se igualará aos demais times grandes. E aí será que esse discurso de que Paulista não significa muita coisa será mantido?
Asseguro que não.

Não estou dizendo que o Corinthians, por ser o campeão paulista, vai também ser campeão brasileiro e campeão de tudo em 2009. Mas no momento atual, provou ser o melhor time paulista. O que vier daqui pra frente só o futuro vai nos dizer.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O Coringão voltooooou!



O Campeonato Paulista de 2009 pode ser dividido em duas partes. A primeira: quando o Ronaldo ainda não estava jogando. Nesta, o Palmeiras do Luxa mostrava-se imbatível. E a segunda parte: quando Ronaldo voltou a jogar. Daí acabou, não tinha mais jeito, o Corinthians seria, sem dúvida, o campeão.

Vale lembrar que este Paulistão possuía requintes especiais. Os 3 artilheiros do Brasileirão 2008 (Washington, Kléber Pereira e Keyrrisson) jogando em times diferentes por aqui. Ronaldo, hora ou outra, voltaria. Neymar, hora ou outra, despontaria. Um time tentava o bi do Paulista e vinha forte. O outro é atual campeão brasileiro e vinha forte. O outro é atual campeão da série B e vinha forte. E quais surpresas viriam do interior? Enfim, ninguém poderia dizer que esse não é um dos campeonatos mais fortes do Brasil.

Para as semi-finais, depois de 9 anos, classificaram-se os 4 grandes de São Paulo. O Palmeiras que foi líder grande parte do campeonato manteve a primeira posição, seguido pelo São Paulo, que nas últimas rodadas passou o Corinthians, classificado em terceiro, e o Santos que garantiu presença na última rodada com gol (num pênalti estranho, diga-se de passagem) nos últimos minutos.

Sinceramente, como corintiano precavido que sou, não me apetecia a idéia de enfrentar o São Paulo na semi. Mesmo sabendo que o Timão cresce nas finais e que o Tricolor em semi contra o Corinthians tem um histórico amarelo, a idéia desse confronto me causava certo desconforto. Afinal de contas, estamos falando do inquestionável Tri-campeão brasileiro, que agora parecia embalar no Paulistão.

Porém, como dizem os sábios, para sermos campeões não devemos escolher adversários. E o Corinthians queria, mais do que ninguém, esse título.
Para provar, de uma vez por todas, que "o coringão voltoooou!" e que aquela fase negra (entendam como 2007. Entendam como Zelão, Fábio Ferreira, Iran, Moradei, Finazzi e Clodoaldo no mesmo time) se perdera em algum lugar sombrio do passado.

No primeiro jogo, no Pacaembú, antes mesmo dos 25 minutos, o São Paulo abriu o placar com Miranda. Talvez tenha sido um momento em que todos, exceto os corintianos, acreditaram que aconteceria o natural: o atual tri-brasileiro vencer o atual campeão da Série B. Mas essa crença não durou nem 5 minutos. Elias invadiu a área tricolor como quis e empatou. Porém o empate em casa ainda não era nada bom para o time que não tinha essa vantagem. A agonia duraria até o último minuto quando o Corinthians pressionava e o ex-corintiano Jorge Wagner (que já havia acabado com o São Paulo em outro Paulistão) fez o favor de não tocar a bola e deu a chance que o Timão queria. Cristian roubou, levou pro meio e encheu o pé, estufando as redes do pouco inspirado Rogério Ceni.



Foi o gol que eu precisava para pensar, sem qualquer medo: "Agora dá!"

Na outra semi, o Santos, na Vila Belmiro, também invertia a vantagem. E no segundo jogo venceria o Palmeiras mais uma vez. Mas como esse não é um post imparcial, isso dito acima é tudo sobre Santos X Palmeiras.

Pensei que para o segundo jogo, o técnico Mano Menezes viria com um time covarde, para se defender e não tomar gols, com o regulamento embaixo do braço. Vai funcionar, pensei. Afinal o Corinthians mantinha-se invicto e com a defesa menos vazada. Daria pra segurar um 0 a 0 no Morumbi. Ledo engano. O Timão veio pra cima do São Paulo sem querer saber quem era aquele time tricolor e quantos torcedores adversários haviam naquele estádio. E foi aí que brilhou a estrela maior.
Dez minutos e dois toques na bola bastaram para Ronaldo levar o Corinthians para a final. No primeiro, inversão perfeita para o Jorge Henrique, que poderia ter feito o gol ali, mas jogou na trave, deixando o rebote pro Douglas, sem goleiro, marcar. No segundo, um tapa por baixo da bola, tirando as chances de defesa do Bosco. E o Corinthians na final.

Se muito falei desta semi-final, pouco falarei sobre os dois jogos contra o Santos.
Explico: o Santos foi um time guerreiro nesse campeonato. E só. A técnica de Neymar ainda não veio tão a tona, o maior goleador do time é instável e os lampejos de grande jogador do pequeno Mádson são apenas lampejos. O Santos, com todo o respeito, não tinha como se equiparar ao Corinthians empolgado com um time fortíssimo E Ronaldo.

Um jogo só seria o suficiente. Com 10 minutos de jogo, Chicão, o zagueiro artilheiro do time, abriria o placar. Não muito tempo depois, ele mesmo deu um balão para a frente que na opinião dos santistas não poderia cair em pior pé. Ronaldo dominou com maestria e guardou o segundo. O time da Vila ainda esboçou uma reação com o gol de Triguinho, mas a tarde era dele:



Podiam entregar a taça ali mesmo. Mas nada mais justo que cumprir o regulamento e erguer a taça no Pacaembú, junto à Fiel.
Não sem antes ver o belíssimo começo de jogo santista que não deixava o Corinthians jogar. Abriram o placar com Kléber Pereira, de pênalti, e abriram os olhos do Timão, que deveria jogar. Num passe de Dentinho, André Santos bateu forte e saiu pro abraço. Ducha de água fria para os santistas otimistas, que precisariam ver mais 3 gols santistas e acabaram não vendo mais gol nenhum.

Final de jogo e o Corinthians, merecidamente, O CAMPEÃO PAULISTA DE 2009.

Campanha impecável, nenhuma derrota. Fato que não acontecia desde 1972.

Méritos de:
Mano Menezes - fechou bem o time na fase classificatória e veio com tudo nas finais. Inteligentíssimo.
Felipe - já foi muito criticado por alguns torcedores e sempre calando a boca destes, fazendo defesas absurdas. Goleiraço!
Alessandro - cresceu incrivelmente, tem raça, marca bem e chega com perigo ao ataque. Surpreendente.
Chicão - jogou muito, xerifão da zaga alvi-negra e ainda por cima deixou vários gols. Salvador.
Willian - Começou mal o campeonato, mostrou-se instável, mas cresceu quando precisou e ajudou o time com sua liderança. Capitão!
André Santos - tem gente até querendo vê-lo na seleção. Acho que ainda não, mas reconheço nele um grande lateral esquerdo. Brilhante.
Cristian - Volante como volante deve ser. Sem gracinhas, raçudo, encosta bem no ataque e tem chute preciso. Importantíssimo.
Elias - não perde uma! Habilidoso, quase nunca erra, é inteligente e criativo. Depois do Ronaldo, é sem dúvida o melhor jogador do Corinthians. Fantástico.
Douglas - fez um campeonato irreconhecível. Talvez por conta da lesão, jogou mal grande parte do Paulsita, mas recuperou-se e voltou a jogar bem. Tranquilo.
Jorge Henrique - Corre muito, ajuda a zaga, ajuda o meio-campo, ajuda geral, mas cai demais. "Perfeito taticamente" (por Mano Menezes)
Dentinho - habilidoso, corintiano e maloqueiro, dá raça pelo time. No entanto, necessita ser mais objetivo. Fiel.
Ronaldo - Não jogou o campeonato inteiro e tornou-se artilheiro ao lado do Chicão. Recuperou a boa forma, voltou a correr bastante e fazer o que mais sabe fazer: gol. Sabe como ninguém o que fazer com a bola. Gênio. Fenômeno.

E também: Diego, W. Saci, Fabinho, Moraes, Boquita, Otacílio Neto e outros que contribuíram em menor escala para esse título.

Parabéns, Corinthians!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O City que eu montaria com 100 milhões


Sendo curto e grosso: jogador nenhum vale 100 milhões. Futebol é um esporte coletivo, que vive da variedade de estilos e características. É assim que grandes equipes se tornam vencedoras. A mal-sucedida transação de Kaká para o agora poderoso Manchester City me fez pensar: e se o sheik Mansour me desse a "difícil" tarefa de montar uma equipe com 100 milhões de libras?

Bom, primeiramente há de se considerar que este não é o "dream team" mundial. 100 milhões é muita grana, mas não dá pra comprar os melhores jogadores do mundo. São apenas atletas que acredito ter algum (mínimo) potencial, algumas pechinchas, outras contratações mais caras, tudo com objetivo do City ter uma base forte o suficiente para ser um time de primeiro escalão mundial. Os valores foram baseados numa pesquisa básica sobre o consenso do mercado. Para ajudar, os "encostos" do City ajudarão como parte do pagamento.

O time atual

Nem todo o City é de se jogar fora. Aliás, até agora vários jogadores teriam espaço no time mesmo após os reforços. Não mexeria nos 2 goleiros, por exemplo. O recém contratado do Newcastle Shay Given é um goleiraço, titular absoluto. E Kasper Schmeichel, o filho do velho Schmeichel, surge com grande potencial. Micah Richards, Dunne e Kompany são bons zagueiros, Wayne Bridge, ex-Chelsea, é bom lateral, bem como os atacantes Shaun Wright-Philips, Craig Bellamy e Robinho (titular absolutíssimo). O meia holandês De Jong surge como promessa.

Os reforços

Começando com a zaga:

Curtis Davis (Aston Villa, $5mm)



Zagueiro incansável de 23 anos, recentemente convocado pra seleção inglesa, presente na excelente campanha do Villa nesta Premier League.

Pedro Geromel (Köln, $5mm)









Desconhecido no Brasil, Geromel vem mostrando ser um zagueiro técnico e regular, sendo eleito o melhor da Bundesliga no primeiro turno. Participou da excelente campanha do português Vitória de Guimarães em 2008. Pechincha.

Cicinho (Roma, $5mm)









Cícero não foi bem em sua passagem pelo Real Madrid, mas é uma boa opção de lateral "barato".

Kléber (Internacional, $2mm)









Nada mal levar um lateral de seleção brasileira por módicos 2 milhões. Não é mais o mesmo de 2 anos atrás mas ainda conta com sua técnica. Boa briga com Bridge pela posição.

Meio campo:

Daniele De Rossi (Roma, $20mm + Elano)









Aqui vai a primeira grande contratação. De Rossi é hoje um dos melhores volantes do mundo. Além de marcação, tem alta classe na saída de bola, além de bom chute. Seria um peso enorme sua presença no meio campo do City. Elano vai de brinde.

Stewart Downing (Middlesbrough, $8mm + Garrido + Ball + Petrov)









Com certeza o pacotão de "brindes" seduziria um time como o Boro a liberar o elegante Downing por apenas 8 milhões, já que ele é basicamente o "único" jogador do time. Excelente como segundo volante, 24 anos, ótimo investimento.

Bastian Schweinsteiger (Bayern de Munique, $12mm)









Nova geração alemã, meia de grande técnica com um estilo parecido com o de Frank Lampard. Arma, bate falta e escanteio, tem bom chute.

Hernanes (São Paulo, $20mm)









Acredito que 20 milhões de libras sejam suficientes pra tirar Hernanes do Tricolor. Craque, joga em qualquer time do mundo, seu estilo é perfeito para um "right midfielder" inglês.

Ataque:

Joffre Guerrón (Getafe, 5$mm + Vassel)










Forte e rápido, o ideal para um "winger" na Inglaterra. Ainda subestimado, atacante que provou seu valor ao estar na vitoriosa campanha da LDU na Libertadores. Não tem muita técnica mas daria muito trabalho aos zagueiros. Veterano Vassel como parte do pagamento.

Nilmar (Internacional, $7mm)










Sempre fui fã de Nilmar, o jogador mais rápido que já vi jogar (tenho 22 anos), habilidoso, que parte pra cima, e de quebra matador. Talvez poderia haver uma "torsão" de nariz por ser um jogador fisicamente fraco, que se machuca muito, jogando numa liga cruel como a BPL. Mas eu acredito no moleque infernizando os zagueiros ingleses.

Yuri Zhirkov (CSKA, $5mm + Bojinov + Caicedo)










O winger (apelidado de "Ronaldinho Russo") é bastante versátil, pode atuar também como lateral ou meia.

Ricardo Oliveira (Real Bétis, $3mm + Jô)









Bem que eu queria um Villa, um Lavezzi, um Aguero, mas esses nomes estão hoje cada um avaliados em 50 milhões. Cada time quer valorizar ao máximo seus atacantes. Então, vai você mesmo, Ricardo Oliveira. Praticamente uma troca com Jô mais uma compensação financeira. É matador, acredito que se encaixaria no futebol inglês com uma base forte.

Kléber (Cruzeiro, $3mm)










Até esse ponto, sobrou só 3 milhões. Minha escolha aqui se sobrasse mais 10 seria Jesus Dátolo, winger ex-Boca que foi para o Napolli. Então, aqui vai uma aposta, talvez contestada: Kléber "Gladiador". Apesar de não gostar muito do jogador (já taxado por muitos de mau caráter), queria pagar pra ver se ele ia dar e aguentar porrada na cruel liga inglesa.

***

Enfim, esses são os 13 reforços que eu provavelmente conseguiria trazer com 100 milhões de libras. Bairrista ou não, 7 jogadores são brasileiros. Observando que 60% do investimento total ficou só no meio campo, com 4 contratações, seguido do ataque, com 23% e a defesa, 17%.

O time base
no 4-3-3 seria (a "mistura" ideal fica pro técnico):

A: Given; Cicinho, Geromel, Davis e Bridge; De Rossi, Hernanes e Schweinsteiger; Wright-Philips, Robinho e Ricardo Oliveira.

B: Schmeichel; Zabaleta, Richards, Dunne e Kléber; Downing, De Jong e Zhirkov; Guerrón, Nilmar e Kléber.

Um timaço, não acham?