
Técnico: Arséne Wenger Capitão: Gallas Craque: Fabregas
Revelação: Walcott
Promessas: Bendtner e Wilshere
Contratação da temporada: Nasri
Jovem, rápido e dinâmico. Assim posso definir o time de 3ª maior torcida da Inglaterra. Na minha opinião, tem o toque de bola mais envolvente do mundo. Os Gunners têm em Césc-Fabregas seu "centro gravitacional", como diria Milly Lacombe. Inteligente e objetivo, chegou no clube há um bom tempo - provando que a teoria de investir em jovens promessas e colocá-las aos poucos na equipe principal vem dando certo. Caso do atacante Theo Walcott, não mais promessa, mas realidade. Os rápidos laterais Eboué e Clichy compõem excelentes opções ofensivas, apóiam e também têm o vigor físico necessário para marcar. Adebayor é a referência no ataque. Isso sem contar o atacante de 16 anos Wilshere, que pinta como um futuro craque.
Porém, nem tudo são flores. Esta juventude e força técnica, embora interessantes a longo prazo, acabam tirando pontos importantes na disputa pelo título nacional. Nas últimas temporadas, ao perder a maioria dos confrontos para os outros grandes, a equipe provou que precisa de um amadurecimento.
Palpite: 4º na liga. Na Champions League? Bom, aí tudo pode acontecer.
Chelsea
Técnico: Luiz Felipe Scolari Capitão: Terry Craque: LampardRevelação: Obi-Mikel
Promessas: Di Santo e Fábio Paim
Contratação da temporada: Bosingwa
Assim como o primo londrino Arsenal, o Chelsea nunca venceu uma Champions League. Nesta temporada, Abramovich quis porque quis Felipão como comandante da estrada para Roma. Ótima escolha, diga-se de passagem. Além desta estrela no banco de reservas, o grande diferencial do Chelsea está na experiência e disciplina tática de seus jogadores.
A referência está no conjunto, seja no brilhantismo de Lampard (para mim, o melhor jogador do mundo atualmente), no comando de Terry ou nos gols decisivos de Drogba. Jogando com uma variação de 4-3-3/4-5-1, os Blues costumam sufocar seus adversários, principalmente
Porém, nem tudo são flores. Uma característica (ou sina) da equipe é que, além de sempre fracassar em disputas de pênaltis, os principais jogadores sofrem e muito com lesões. Em 2007, Ballack ficou 8 meses fora. Cech fraturou o crânio e ficou 6 meses de molho. Terry parou por 4 meses. Nesta temporada, logo de início Essien rompeu os ligamentos e ficará 6 meses parado. Drogba também se machucou e deve ser desfalque por 2 meses. Mesmo caso do recém chegado Deco, no DM há 1 mês. Ah, Ricardo Carvalho também está machucado. Enfim, deu pra perceber, né? Anelka não substitui Drogba à altura. Se em janeiro não houver alguma contratação de peso para o ataque (Villa e Lavezzi estão na mira), vejo o Chelsea cada vez mais distante do título europeu.
Palpite: campeão inglês. Na Champions League? Bom, aí tudo pode acontecer.
*Curiosidade: até agora, todas as “estréias” do Chelsea tiveram o mesmo placar. Na estréia da pré-temporada, 4x0 contra o Ghuangzou Pharmaceutical. Estréia da Premier League, 4x0 contra o Portsmouth. Estréia da Champions League, 4x0 contra o Bordeaux. Estréia da Carling Cup, 4x0 de novo contra o Portsmouth.
*Outra curiosidade: o Chelsea passou parte da pré-temporada em Macau, mesmo lugar onde Barcelona e Manchester também passaram quando foram campeões da UCL.
Técnico: Rafa Benítez Capitão e craque: Gerrard Revelação: Lucas
Promessas: Babel e El Zhar
Contratação da temporada: Robbie Keane
Rei dos torneios mata-mata, o Liverpool está na seca de títulos nacionais há 18 anos. Esta temporada é a grande oportunidade de sair da fila. Trouxe o experiente Robbie Keane para formar dupla de ataque com o melhor atacante da Premier League: o matador Fernando Torres.
Dos 4 grandes, é a equipe com o futebol mais burocrático. No geral, pode-se dizer que o Liverpool vence tanto grandes como pequenas equipes por placares apertados. 1x0. 2x1. Mas vence. Abusa da ligação direta, feia de se ver mas eficiente: Reina ou alguém de trás sempre lança a bola na referência do ataque, tentando a segunda jogada. O detalhe é que esse “punt” não é um chutão despretensioso-se-pegar-pegou: a equipe toda sabe se orientar para o rumo da bola e posicionar-se adequadamente.
Mas o que torna o Liverpool especial é Gerrard. Cérebro da equipe, é um dos poucos jogadores no mundo que sabe tanto armar quando marcar. E quando digo “sabe”, na verdade quero dizer: “sabe muuuuito”. Rápido, incansável, líder e dono de um chute mortal. Injustiçadíssimo por não ter sido eleito melhor do mundo em 2005 – sim, mesmo ano
Porém, nem tudo são flores. O mesmo jogo burocrático que garante 3 pontos na maioria dos jogos está colocando o longo trabalho de Rafa Benítez sob contestação. O Liverpool sofreu para garantir sua classificação à fase de grupos da Champions League, ao vencer o confronto contra o fraco time belga Standard de Liége com um gol de Kuyt na prorrogação. Contra adversários menores, em casa, o Liverpool anda sofrendo neste início de Premier League, como o empate contra o Stoke City por 0x0.
Palpite: vice inglês. Na Champions League? Bom, aí tudo pode acontecer.
Manchester United
Técnico: Alex Ferguson Capitão: Ferdinand Craque: Cristiano RonaldoRevelação: Carrick
Promessas: Rafael da Silva e Eagles
Contratação da temporada: Berbatov
Juntamente com o Chelsea forma a base do English Team. Atual bicampeão inglês e campeão europeu, tem um meio campo extremamente forte e experiente. Scholes é a referência na armação, Carrick vem provando seu valor a cada dia e Hargreaves é uma espécie de Ballack mais jovem (e mais vencedor, diga-se de passagem).
O diferencial está na velocidade do ataque, com Cristiano Ronaldo, Tevez e Rooney. O português, que será eleito melhor do mundo pela FIFA, assume finalmente a condição de estrela do time. Apesar da polêmica envolvendo uma possível transferência para Madrid e uma cirurgia que o tirou da pré-temporada, o artilheiro da última Premier League já está voando em campo. Aliado a este ataque ágil está a segunda contratação mais cara da temporada, o centro-avante búlgaro Berbatov, ex-Tottenham.
Porém, nem tudo são flores. O elenco do Manchester é o mais envelhecido dos 4 grandes. Chegou ao seu auge na última temporada, vencendo tudo. A “aura” do time não é mais a mesma. Embora também aposte em jovens promessas, como o lateral brasileiro Rafael da Silva e o contestado (ao menos por mim) Anderson, ainda falta muito para uma renovação estrutural – como a que o Arsenal monta. Vale lembrar também a maldição dos campeões europeus: nas últimas 4 temporadas, sempre o campeão foi eliminado nas oitavas de final da temporada seguinte: Porto, Liverpool, Barcelona e Milan. Fato nada animador para os Diabos Vermelhos.
Palpite: 3º na liga. Na Champions League? Bom, aí tudo pode acontecer.
Até a próxima, amigos boleiros!